Olá tudo bem?
Quero iniciar meu primeiro post do blog falando sobre um tema que considero muito gostoso: Management 3.0. Precisamente, de como esse mindset permitiu que esse simples Scrum Master conseguisse entrar para um novo time sem que houvesse a perda no foco das pessoas.
Sabemos o quanto as mudanças são difíceis, principalmente quando alteramos a estrutura do time no modelo ágil. Mas e quando um time que já rodava o Scrum há algum tempo, com uma integração e alinhamento prévios, precisa abrir espaço para um novo scrum Master, com outro jeito de trabalhar? Como o Scrum Master será recebido pelo time que já está maduro o suficiente e acostumado com o SM anterior? E, principalmente, como será a influência desse novo Scrum Master no time?
São perguntas difíceis em um cenário cheio de incertezas para qualquer pessoa, mas graças a esse sensacional mindset do Management 3.0, ele permite aos Scrum Masters colocar em práticas outras habilidades tão necessárias para colaborar com o time. Não entrarei, pelo menos nesse texto, no que torna um Scrum Master, ao menos, um bom líder. Mas darei uma dica que ajuda e muito nessa habilidade tão necessária para liderança - o Management 3.0.
O mindset Management 3.0 permite que você faça de forma clara e fácil conexões com as pessoas. E, como falei esse texto é o primeiro falando de como a Gestão 3.0 me permitiu essa conexão com as pessoas que compõem o time.
Bem, respondendo às perguntas feitas ali no início do texto, a primeira coisa que veio a minha mente foi o Mapa Pessoal (Map Person), que nada mais é do que uma dinâmica incrível que permite um novato, como eu, fazer conexões com as pessoas que nunca trabalharam com esse novo Scrum Master.
Mas recomendo a você que se encontra nesse mesmo cenário inicialmente ouvir, observar e, por último, conversar com cada colega do time. Entender as particularidades de cada um, para depois aplicar essa dinâmica. O motivo disso é bem simples, nem todas as pessoas ficam confortáveis em realizar essa atividade, justamente por não conhecer você, um intruso na equipe, e até mesmo não ficam à vontade em dividir certas informações com os colegas.
Então recomendo, novamente, que: ouça, observe e converse. E, na retrospectiva crie um ambiente seguro e confortável para cada um. Mais abaixo, falarei sobre essa minha experiência e como a retrospectiva e o mapa pessoal permitiram essa conexão com os novos colegas.
Agora falando um pouco mais sobre a retrospectiva, tive que pensar muito em como fazê-la após observar e ouvir muito de todos. E meu plano para essa cerimônia foi pensado como uma trilha onde discutiríamos nosso problemas durante a nossa última interação, mas principalmente focaria a retrospectiva em um trilha de conhecimento de cada pessoa do time. Assim, iniciei com uma contextualização falando sobre a importância das pessoas para o time, e como são importantes para melhorarmos aquilo que de alguma forma causo um sentimento de desconforto.
E como comentei antes, ao entrar no time não quis colocar nenhuma dinâmica, explicar processo ou mostrar ferramenta para os novos colegas, apenas fiz questão de conversar sobre o que eles sentiam, como estavam nesse processo de quarentena de forma individual. Com isso, quando chegamos no dia da retrospectiva perguntei quem gostaria de participar e todos sem exceção fizeram questão :) Então utilizei essa dinâmica como um quebra gelo e se tornou muito interessante para todos, com diversas descobertas até então desconhecidas e principalmente a criação de um laço de integração e união entre o time e aceitação ao novo Scrum Master.

Durante a construção do Person Map, todos começaram um pouco inibidos, já que iríamos tocar em assuntos como hobbies, família, metas pessoais. Mas como mencionei antes, ao ouvir e observar primeiro foi possível conduzir a dinâmica de maneira mais tranquila, onde aos poucos, um após o outro, os mapas começaram a ser elaborados.
A ideia da criação dos mapas pessoais permite a criação de um olhar humanizado para com os colegas, onde muitas vezes na correria das entregas, na cobrança que cada um tem sobre si para manter seus indicadores, não observamos que no outro lado existe uma pessoa com suas próprias necessidades, objetivos e família. O mapa permite essa "humanização", e uma consciência coletiva de que temos mais de um lado, e esse lado muitas vezes é esquecido.
Ao finalizar a construção dos mapas, a própria equipe mudou o seu olhar para com o colega, e observou até em certos pontos hobbies em comuns, gerando um ótimo momento de desconcentração.
Logo depois desse incrível quebra gelo, conversamos mais sobre nossos indicadores e os problemas da última Sprint, e posso afirmar que graças ao Mapa Pessoal, toda discussão posterior se tornou mais verdadeira e genuína. Pois todos falaram abertamente sobre o que causam algum sentimento de mal estar que o prejudicou. Toda conversa, feita de forma respeitosa, permitiu que todos avaliassem os problemas e a sugerir melhorias para a próxima iteração.

Nesse ponto do texto você deve se perguntar "Mas como realmente o Mapa Pessoal ajudou na integração do novo Scrum Master ao Time?"
Posso responder com a próxima imagem, mas apenas ressalto que leia com atenção a cada palavra dita pelo time após responder a uma simples pergunta: "Por que retrospectivas?"

Então, é isso que eu gostaria de compartilhar com vocês. Deixem seus comentários sobre o texto, seus sentimentos sobre a situação acima e compartilhem!!!!!
Parabéns pelo seu trabalho! Conteúdo muito bom!