Nos últimos anos, tenho trabalhado com diversos grupos de pessoas e sempre tive a preocupação em ter um time engajado. Acredito que devemos olhar para as pessoas e motivá-las. cuidando de cada uma de forma diferente, criando um relacionamento e um ambiente confortável para que elas possam confiar em seu próprio trabalho e naqueles ao seu redor.
E a matriz de competência nos possibilita conhecer mais as pessoas, principalmente seus conhecimentos em determinadas habilidades técnicas. Sendo mais preciso, é possível mapear os pontos que não são fortes através de uma lista. Nesta etapa costumo criar uma lista com alguns assuntos após conversar com os integrantes do time.
Por isso, ao identificar os tópicos, classificamos em 3 categorias de conhecimentos:
1) Representado pela cor verde: se vira, possui um alto conhecimento sobre o tema;
2) Representado pela cor amarela: conhece bem, possui um bom conhecimento sobre o tema;
3) Representado pela cor vermelha: aprendiz, não se sente confortável a respeito do tema;

A partir deste ponto, coloquei os nomes das pessoas - ocultei estes nomes na imagem para evitar exposição - e cada um preenche a planilha de acordo com os seus conhecimentos com as cores que correspondem às categorias citadas acima. O material apresentado foi elaborado em uma planilha eletrônica.
Ao final dessa etapa, contabilizamos o total e mapeamos os pontos fortes e fracos do times nos assuntos técnicos selecionados. A nossa lista contempla até 10 assuntos, número que acredito ser bacana, para chegarmos no objetivo da disseminação do conhecimentos entre todos. Digo, mapeamos os tópicos técnicos que não são considerados fortes entre as pessoas dentro do escopo do projeto, para que possamos traçar uma meta eficiente das nossas entregas.
O uso dessa prática surgiu a fim de traçarmos um plano eficiente de distribuição das atividades, e principalmente por observar nos times anteriores que algumas pessoas não se sentiam confortáveis para demonstrar a falta de conhecimento necessário com relação ao tema e, como resultado, evitavam interações entre elas e o time.
Portanto, o objetivo desta prática, além de possibilitar o mapeamento dos pontos fortes dos integrantes do time, também pode motivar eles a ampliar seus conhecimentos nas áreas em que não possuem tanto domínio.
Aprendi com essa abordagem que as pessoas criaram uma motivação bacana para estudar sobre o assunto selecionado, apresentando um sentimento de pertencimento e não de exclusão dentro do time. E a interação entre todos durante as apresentações surgiu de maneira natural com um bate papo muito produtivo dentro dos meetups.
Ou seja, com essa dinâmica, não precisamos excluir quem não possui um conhecimento sobre determinado assunto e sobrecarregar quem possui. Podemos no início colocar em prática esse planejamento para conhecer cada um e tornar mais eficiente a distribuição das atividades, mas em paralelo aprendi que os meetups elevaram tecnicamente as pessoas e o engajamento do time, pois o conhecimento foi disseminado, e deixamos todos mais motivados, pois viram que seu potencial foi reconhecido.
Fecharei o texto com a imagem abaixo, onde a competências envolvem 3 pilares importantes:
1) Conhecimento - tudo o que você estudou durante sua vida permitirá criar uma base sólida de saber;
2) Habilidade - usando sua base de conhecimento, você poderá colocar em prática o que você sabe sobre o tema;
3) Atitude - pilar que mostra sua iniciativa para inovar, resolver algum problema, usando suas habilidades e conhecimentos adquiridos.

Assim, ao usarmos a matriz de competência, podemos estimular as pessoas a elevarem suas competências, passando pelos pilares citados, e não apenas como uma ferramenta para melhoria de processo.
Ótimo post, bem objetivo e esclarecedor! Já usamos a matriz de competência na prática e o resultado foi uma troca de experiências bem rica.